Caminhos no paralelo hipotético

E se eu falasse menos e ouvisse mais?
E se as palavras não me saltassem tão espontaneamente como se o mundo as recebesse sempre de forma calorosa e disponível?
E se eu não tivesse de ter a última palavra a dizer? O controlo da situação? A antecipação do fim do jogo?
E se eu tivesse deixado a água correr sem promessas nem certezas?
E se mais cedo eu tivesse visto que a vida nos traz na medida certa e que tudo o que tenho é suficiente em cada dia para ser feliz?
E se eu tivesse sido menos ansiosa e te tivesse permitido o teu tempo, o teu modo e o teu ser?
E se estivesse lá de novo, contigo, conseguiria fazer diferente?
E se estamos todos condenados a viver os maiores amores sozinhos? Será que o que os faz os maiores é serem os mais solitários?
E se me deixasse de tretas e fosse dormir? A serenidade é o que traz a sabedoria, por isso por hoje chega de perguntas...