27 de fev. de 2009

seis das minhas (infinitas) particularidades...


A pilaró, judia e a chiquita desafiaram-me ao desvario de tentar achar seis particularidades que valham a pena partilhar...

1 - Sou indecisa, perfeccionista e idealista e portanto não me costumo meter nestas listas para não sofrer pelo que deixo por dizer.
2 - Adoro os raios de sol, os ninhos das cegonhas e as flores na berma da estrada (particularmente as papoilas nas estradas do Alentejo).
3 - Detesto a injustiça.
4 - Acredito que o sofrimento nos faz ver a felicidade nas coisas mais simples e que no dia-a-dia nos temos de disciplinar para não perder essa visão.
5 - Adoro sonhar/pensar/viajar, viajar/sonhar/pensar, pensar/viajar/sonhar, mas também adoro um duche quente ao fim de um dia de viagem.
6 - Acredito no amor verdadeiro e nas metades que se completam.

17 de fev. de 2009

presente dos açores


wise words

"Um empenho constante é a única forma de realizar a paz. A negligência resultante de excesso de confiança e satisfação convidam ao risco. A paz, uma vez atingida, não perdura para sempre por si só. Ela requer constante vigilância no que respeita a todas as actividades da vida diária."

"(...) Surgem várias questões devido às causas e tendências negativas das nossas próprias vidas. Pode haver momentos em que pensemos, 'O que fiz eu para merecer isto?' Mas não devemos ser abalados de cada vez que estas coisas acontecem, pois já é certo que no fim nos tornaremos felizes. Deveríamos considerar como treino tudo aquilo que nos acontece (...) para chegar ao objectivo da felicidade".

14 de fev. de 2009

14 de fevereiro

"Uma pessoa superficial apenas terá relações superficiais. O verdadeiro amor não é uma pessoa agarrar-se a outra; este somente poderá ser construído entre duas pessoas fortes, seguras da sua individualidade. Antoine de Saint-Exupery escreveu num livro intitulado Vento, Areia e Estrelas: "O amor não é duas pessoas a olharem uma para a outra, mas sim duas pessoas a olharem juntas, em frente na mesma direcção." - SGI

13 de fev. de 2009

O que eu também não entendo...

Essa não é mais uma carta de amor
São pensamentos soltos
Traduzidos em palavras
Prá que você possa entender
O que eu também não entendo...

Amar não é ter que ter
Sempre certeza
É aceitar que ninguém
É perfeito prá ninguém
É poder ser você mesmo
E não precisar fingir
É tentar esquecer
E não conseguir fugir, fugir...

Já pensei em te largar
Já olhei tantas vezes pro lado
Mas quando penso em alguém
É por você que fecho os olhos
Sei que nunca fui perfeito
Mas com você eu posso ser
Até eu mesmo
Que você vai entender...

Posso brincar de descobrir
Desenho em nuvens
Posso contar meus pesadelos
E até minhas coisas fúteis
Posso tirar a tua roupa
Posso fazer o que eu quiser
Posso perder o juízo
Mas com você
Eu tô tranquilo, tranquilo...

Agora o que vamos fazer
Eu também não sei
Afinal, será que amar
É mesmo tudo?
Se isso não é amor
O que mais pode ser?
Tô aprendendo também...

Já pensei em te largar
Já olhei tantas vezes pro lado
Mas quando penso em alguém
É por você que fecho os olhos
Sei que nunca fui perfeito
Mas com você eu posso ser
Até eu mesmo
Que você vai entender...

Posso brincar de descobrir
Desenho em nuvens
Posso contar meus pesadelos
E até minhas coisas fúteis
Posso tirar a tua roupa
Posso fazer o que eu quiser
Posso perder o juízo
Mas com você
Eu tô tranquilo, tranquilo...

Agora o que vamos fazer?
Eu também não sei!
Afinal, será que amar
É mesmo tudo?
Se isso não é amor
O que mais pode ser?
Estou aprendendo também...

12 de fev. de 2009

cânticos de dor

Ontem saímos do espaço jovem e fomos ao velório da irmã de uns jovens que acompanhamos. Iamos prestar homenagem, estar um bocadinho e ir embora rápido que o dever estaria cumprido. Mas chegados lá, assistimos a algo novo para mim. Em vez de todos calados ou em conversas banais, havia alguém que cantava triste e dolorosamente a morte da jovem de 20 anos. Não eram rimas feitas de músicas conhecidas, era poesia. Poesia espontânea e em crioulo. Depois veio a mãe para junto da filha e começou ela a cantar, a falar com a filha: "Minha viúva, minha amiga, amanhã é tarde demais, acabou a dor, acabou a dor, me abraça, me abraça, essa mão filha, mexe essa mão. Doía e eu dizia "vai passar", "dorme, descansa" e me pedia um abraço, mas doía tudo, doía tudo... Oh minha filha, 'tá a doer, 'tá a doer, amanhã é para a frente, vão todos embora e tu ficas sozinha, Oh minha dôdô, minha menina, agora já não doi nada, ias ser noiva...".
Estavam todos emocionados com aquela expressão de dor e amor. Todos. Ninguém indiferente ou escondido. Lindo, atrevo-me a dizer que achei aquilo lindo. Muito triste, mas uma tristeza partilhada. Fomos ficando para não interromper a dor da mãe e acabámos por sair por já não saber se deviamos ficar a doer ou sair por sermos intrusos daquela cultura...Os santomenses são poetas.

2 de fev. de 2009